terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um pouco mais de ilação poética...

Por José Cícero

Minhas verdades indigestas

Eu admiro com certo exagero os meus inimigos. Notadamente os que conseguem ser sinceros para comigo e consigo mesmos. Isso porque é fundamental saber, decerto, que são os nossos inimigos verdadeiros.

Porém odeio ao extremo, os que por debaixo dos panos, quase sempre com uma elevada dose de cinismo fingem ser meus amigos. São eles, por assim dizer, os meus inimigos íntimos. Todos eles pensam que me enganam, contudo, são eles próprios os enganados. Posto que nunca acreditei neste ‘vocábulo insepulto’ que por pura convenção social chamamos inadequadamente - amigo.

Não aprecio de algum modo superlativo, os maldosos, os salafrários, os idiotas e embusteiros que assim mesmo se declaram para todo o resto serem eles próprios. Malgrado a imensidão dos seus equívocos e seus defeitos inomináveis. Pois desse jeito é que nos dão a oportunidade de nos prepararmos para todos eles. Fico indignado diante dos cínicos, assim comos dos brutamontes desturidores da natureza.

Tenho igualmente, verdadeiro nojo e ojeriza a todos os falsos e mentirosos enrustidos em suas boas aparências de fachada. Eles são os deletérios micróbios – vetores perigosos das piores patologias que infectam toda a nossa vida.

Não me contenho diante dos que vivem o tempo todo escondidos como cobras peçonhentas no palheiro esperando o momento exato, de atacar sua inocente presa. Terríveis traiçoeiros, ladrões e assassinos que compõem a pior espécie de bicho-gente que há na Terra.

Odeio todos aqueles que, sorrateiramente vivem na espreita, tentando enganar a humana raça. Os políticos hipócritas e carreiristas. Os amantes inveterados do poder e do dinheiro. Os que são capazes de vender a própria alma tanto quanto a vida ao cão para ficarem ricos. Os estetas da escuridão, os oprtunistas que são o peso-morto da história.

Não consigo tolerar os ladrões do suor humano, assim como os que só vivem com os olhos postos no que é alheio – Os invejosos. Além dos cabotinos, boçais, orgulhosos e avarentos. Sinto náuseas quase sempre quando passo perto dos agiotas, que como verdadeiros vampiros tenebrosíssimos bebem até a última gota do sangue das suas vítimas – Os pobres endividados e miseráveis condenados à morte.

Não tenho raiva dos que não conseguem conviver com a verdade e, tampouco com a ética do mundo, quando se declaram a tanto. Os que vivem sob o lenço da inverdade, são de fato e por isso mesmo, os mais indignos da nossa tolerância. Eu apenas não os aturo naturalmente. Tenho a ingratidão na cota dos crimes mais hediondos...

Não sei conviver com quaisquer tipos de criminosos, apenas por que eles têm poder ou têm dinheiro – Eu me aperreio interiormente em meu próprio espírito militante. Exponho a minha bílis contra os que se escondem atrás dos títulos se esquecendo da sua contribuição à evolução da própria vida e dos seus semelhantes.

Sinto-me deverasmente mal quando estou ao lado de qualquer covarde. Sobretudo, os que se negam à caridade humana e a feitura do bem ao próximo. Não sendo úteis aos que precisam de qualquer socorro. O planeta como um todo não precisa tanto deles. Não vejo, portanto, com bons olhos os que não conseguem ser eles próprios, sequer por um instante apenas.

Não gosto dos bajuladores, assim como dos que carregam, como no próprio ventre, mania de grandeza ou de submissão. Como de resto, tenho o puxaquismo como a pior das vassalagens que ainda hoje põem o gênero humano de joelho diante do seu próprio carrasco.

Arrepio-me quase sempre diante de qualquer abuso de autoridade, assim como do preconceito e discriminação, que acaso são cometidos contra qualquer um dos nossos indivíduos sociais. Somos todos irmãos. Surgimos de uma mesma cepa ancestral. E como Deus não tem religião – a minha é a do amor.

Penso que a arrogância é a pior das ignorâncias. E que toda violência tem que ser combatida com unhas e dentes, sob a força do direito e não pelo direito da força. Sou adepto de uma cultura de paz, bem como de uma nova visão holística do universo.

Só não consigo conviver em paz comigo mesmo, quando estou no meio dos que não falam o que pensam e, tampouco se dispõem a dizer o que realmente acham do que não está certo ou errado. O futuro é o caminhos reto da ciência, do conhecimento e da compreensão... Conquanto, nisso eu acredito.

Vomito literalmente perante os que desejam levar vantagem em tudo. Os interesseiros de plantão. Os colegas de conveniência. Os fisiologistas que juntos com todo o resto, só enfeiam e dificultam ainda mais a convivência harmoniosa e pacífica entre as pessoas do mundo. São todos eles, os verdadeiros cupins da civilização humana de todos os tempos.

Não sei sorri apenas com o rosto, sem que este gesto tenha que passar primeiro pelo crivo do meu coração lisonjeiro. Sou todo sentimento em tudo o que faço. De sorte que, sou indiferente aos insensíveis. Sofro muito, às vezes por conta disso. Posto que, quase sempre sou incompreendido além da conta, pelos imbecis maquiavélicos que ora estão por todos os lados.

Cultuo sobremaneira a sinceridade e o conhecimento. Plena virtude. Única riqueza que de fato prezo. E talvez por conta disso, chamam-me de chato, esquisito, frio e até excêntrico. Mas eu, sinceramente, confesso: Sou apenas diferente e verdadeiro. Quem sabe, um poeta romântico em desuso e no seu mais completo isolamento, ante os olhares cegos dos contemporâneos. Por fim asseguro: Deus me livre de ser normal igual a todos ‘eles’. Só por isso, não caibo fácil em qualquer canto.
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José Cícero
Aurora-CE

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