domingo, 24 de outubro de 2010

POEMA - Sobre o Rio Salgado*

Por José Cícero


Águas do Sertão
Águas de outubro...
Correndo nos córregos da caatinga.
Enchendo os açudes, lagoas e riachos.
Hídricas litanias
Engravidando o chão.
Canto belo da passarada
Riso na boca e nos olhos da menina.
Rio Salgado;
Caminho perpétuo da nossa colonização.
Lavando os sonhos dos ribeirinhos.
Levando longe toda agrura e toda mágoa.
Rio Salgado;
Doce esperança que ora se renova
Ante a promessa da exuberância de Deus
Saciando a sede pelo sertão afora.

Águas de outubro...
Gratos exageros das invernadas.
Chuvas da manga e do caju.
Natureza bela, mitológica e farta.
Plena dádiva.
Açudes sangrando em profusão.
Rio Salgado;
Terra mestruada feito donzela.
Fertilização do chão.
Águas doces do Salgado
Eterno milagre de peixe e pão.
férteis sementes plantadas,
Pelas enxurradas,
A germinar lindas manhãs nubladas
No rico solo biodiverso
do nosso sertão.
________
(*) José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora-Ce.
In Versos diversos(Inédito - 2009)
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FOTOS: Chuvas do Salgado - Out.10 - JC

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